Imam Ali, o "Leão de Deus", lutava certa vez
com um chefe mago e, no meio do combate, o mago cuspiu em sua face. Imam Ali, ao
invés de vingar-se dele, imediatamente largou sua espada, para grande surpresa
do mago. Quando este perguntou a razão dessa abstenção, Imam Ali disse-lhe que o
"Leão de Deus" não destruía vidas para a satisfação de sua própria
vingança, mas apenas para realizar a vontade de Deus, e que, sempre que via um
motivo justo, detinha sua mão, mesmo no meio da luta, e poupava o inimigo. O
Profeta dizia, Imam Ali continuou, há muito lhe dissera que ele morreria pela mão do seu
próprio cavalariço (Ibn Maljun), e este muitas vezes implorara a Imam Ali para
matá-lo e assim salvá-lo de cometer esse grande crime; mas Imam Ali disse que sempre
se recusara a fazê-lo, já que, para ele, a morte era tão doce quanto a vida, e
ele não sentia nenhuma raiva de seu assassino predestinado, que era apenas o
instrumento do desígnio eterno de Deus.
O chefe mago, ao ouvir as palavras de Imam Ali, ficou
tão abalado que abraçou a fé islâmica, juntamente com toda sua família, em
número de cinqüenta almas.
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